Comércio

Comerciantes ainda distantes da Rodoviária de Pelotas

Licitação para ocupar os 18 espaços comerciais do prédio teve apenas um interessado e desafia a futura gestão da Eterpel

Paulo Rossi -

Segue indefinido o futuro dos estabelecimentos comerciais no térreo da Estação Rodoviária de Pelotas. Após licitação, apenas uma empresa atendeu aos requisitos. O edital previa a locação de 18 espaços. Atualmente no local funcionam 58 empreendimentos, entre lancherias, agência dos Correios, lojas de variedades, roupas, entre outros. Titular da Empresa Municipal do Terminal Rodoviário de Pelotas (Eterpel) até este domingo, Wagner Rodrigues (PMDB) espera que o próximo administrador prossiga com uma nova licitação para os espaços. Por enquanto, todos os locatários permanecem no prédio com contrato provisório.

Sentado atrás de uma mesa com a vista para a cidade às suas costas, Wagner Rodrigues está à frente da Eterpel desde agosto de 2015. “Neste meio tempo demos sequência a brigas continuadas”, brinca. Na visão de Rodrigues, a Rodoviária precisa se reinventar.” Esta licitação, além de gerar um valor muito interessante em aluguéis, regularizaria os locatários dos imóveis públicos”, explica. Em função de ser uma área pública, é preciso que os aluguéis sejam estabelecidos por concorrência pública.

Aberto em 27 de abril de 2016 e finalizado em 6 de junho do mesmo ano, apenas uma empresa atendeu a todos os requisitos do edital. Por telefone, o empresário Almir Carvalho, 52, único vencedor, diz que espera ter bons resultados nos próximos cinco anos previstos para a exploração. Com uma loja de variedades, estima aumento na arrecadação com as vendas de Natal e final de ano. “A gente vende coisa miúda, pequena, então o pessoal passa e compra alguma coisa rápida, uma lembrancinha”, comenta Carvalho. Para regularizar a situação, foi necessário pagar caução equivalente a três meses de aluguel, mais o valor da outorga, que podia ser negociada em até dez vezes. “Tive que desembolsar em torno de R$ 5 mil, um valor pesado”, dá em números. O empresário espera que seja regularizado no local um plano para diversificar os estabelecimentos.

Para o empresário Giovanni Coral, 47, proprietário de duas lancherias, a situação é diferente. Na sua avaliação, a baixa procura e a pouca participação no processo se deram devido ao contexto econômico do estado e do país. “Tô aqui faz 25 anos, e este foi o pior ano da história.” O movimento, segundo ele, caiu 40%. Com uma loja de artigos de couros, José Milton Rabassa, 62, também está preocupado com as vendas. “Não vou participar por causa do valor do aluguel, não compensa”, explica Rabassa, que pretende fazer vendas apenas via internet.

O futuro administrador da Eterpel será Jorge Vasques (PSB), responsável por levar adiante o processo.

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